Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Criada a ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) do Senado para investigar oscartões corporativos, os governistas vão agora brigar para garantir a presidência e a relatoria da comissão. Aocomentar o fato de o governo ter maioria também nessa CPI, alíder do bloco governista e do PT, Ideli Salvatti (SC), disseque a nova comissão será "um videoteipe de filmeruim", se comparada à CPMI que já investiga oassunto."Não tenho nenhum dúvida de queficaremos com os dois cargos, até porque, na CPI mista, negociamos com eles [oposição] ocompartilhamento, e eles não se deram por satisfeitos. Elesquerem ser minoria e mandar. Isso não existe", afirmouIdeli. Também o líder do governo, Romero Jucá(PMDB-RR), disse que os governistas não têmmais qualquer compromisso com a oposição, uma vez quePSDB e DEM romperam o acordo de compartilhar os cargos na CPMI desdeque não se instalasse a CPI do Senado.O líderdo PSDB, Arthur Virgílio (AM), entretanto, reafirmou adisposição dos oposicionistas de recorrer a todos os mecanismos regimentais caso a base aliada retire deles a participaçãonos cargos da CPI. "É um direito deles. Vamos para ovoto, mas, depois, que arquem com as consequências", disseele.Uma das decisões já tomadas érecorrer ao Plenário do Senado da decisão sobre todosos requerimentos rejeitados na CPI. "É um direitoregimental nosso", afirmou Arthur Virgílio.