Ministro destaca desoneração tarifária na nova política industrial

08/04/2008 - 18h28

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, MiguelJorge, vai discutir na noite de hoje (8) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva as medidas de políticaindustrial que serão anunciadas ainda neste mês.Ele acompanhará o presidente na viagem à Holanda e deverá retornar no domingo (13).Ao participar hoje da solenidade de posse da diretoria da Câmara de ComércioAmericana do Rio de Janeiro para o biênio 2008/2009, MiguelJorge afirmou que um dos principais assuntos contemplados na novapolítica industrial é a questão da desoneraçãotarifária, voltada para o exportador e para as empresas quetrabalham para o mercado interno.“Nós queremosaumentar o grau de investimento na economia. As desoneraçõessão para as empresas que investirem, independentemente se são voltadas para a exportação ou para o mercadointerno”, informou. Essa desoneraçãopoderia ser feita na aquisição de equipamentos de bensde capital, o que daria uma vantagem financeira para a empresa que decidisse aumentar a capacidade e a eficiência, além de se modernizar.Embora já tenhasido divulgado o corte no orçamento, Miguel Jorge explicou queainda foi definido o tamanho que essa desoneração tarifária poderá alcançar. A política industrial ainda não foi anunciada, explicou, porque continuam as negociações com o Ministério da Fazenda e com a Receita Federal. Na próxima semana deverão ser realizadas novas reuniões e por isso o ministro disse acreditar que só em duas semanas poderá apresentar o projeto ao presidente Lula.Ele garantiu, contudo,que as desonerações abrangerão todos os setores da economia: "Otratamento variará de acordo com a colocação dasempresas ou sub-setores nesses setores”. As empresas e setores, esclareceu, são divididos entre os que precisam demais apoio, aqueles em que o país é bastantecompetente e aqueles em que já assumiu a liderança mundial. E admitiu que as empresas líderes poderão receber mais apoio, embora ressalvasse que "teremos um olhar especial sobre as empresas eminentemente exportadoras, que terão algum tipo de vantagem".