Desafio é elevar taxa de investimento na economia, diz Miguel Jorge

08/04/2008 - 20h11

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O projeto dedesenvolvimento de longo prazo para o Brasil terá de vencer o desafio de elevar a taxa de investimento na economia, afirmou hoje (8) oministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge,durante a solenidade de posse da nova diretoria da Câmara de ComércioAmericana do Rio de Janeiro.A taxa de investimento, lembrou, subiu de 15,9% em 2005 para17,6% no ano passado, "mas isso ainda é pouco para sustentar o crescimento da economia no longo prazo". Miguel Jorge destacou que esse é um dos desafios da nova política industrial que ogoverno pretende anunciar até o final deste mês e que ele prefere chamar de"projeto de desenvolvimento produtivo para o país". Segundo o ministro, o Brasil ainda está distante de paísescomo a China, que investem oequivalente a 40% do Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma das riquezas produzidas no país). A estimativa dosanalistas no Brasil é de que a economia continuará crescendo a taxaspróximas de 5% ao ano. Nesse cenário, afirmou, "nósteremos que investir entre 20% e 25% do PIB e a meta estabelecida pela nova política industrial é de 21% até 2010". Para Miguel Jorge, esse crescimento é factível, uma vez que a formação bruta de capital fixo (FBCF) na economia brasileira vem crescendo mais do que oPIB nos últimos semestres. Os investimentos diretos estrangeirosalcançaram US$ 34,6 bilhões no ano passado e neste ano, de acordo comprojeções do Banco Central, deverão atingirentre US$ 32 bilhões a US$33 bilhões."O atual ciclo de crescimento sustentadoda economia é o momento propício para enfrentar desafios de longoprazo", segundo o ministro. O PIB superou as expectativas ao crescer 5,4% em 2007. Nos últimostrês anos, a renda per capita do brasileiro tem crescido e chegou a R$ 13,5 mil no ano passado, ou cerca de US$ 7 mil/ano.Na área social, perto de 10 milhões de famílias saíramdas classes D e E para C e D, respectivamente, nos últimos cincoanos. Também foram criados 1,7 milhão de empregos nos últimos 12meses até fevereiro de 2008.O ministro confirmou a indicação da assessora da ministra-chefe da CasaCivil, Dilma Roussef, Erenice Guerra, para o Conselho Fiscal doBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), publicada hoje no Diário Oficial da União. O conselho se reúneuma vez a cada três meses e segundo Miguel Jorge, "foi uma escolha pessoal, baseada na experiência e no conhecimento". Ele lembrou quepara ter o Conselho Fiscal operando era necessário opreenchimento dessa vaga.