Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - OBanco Nacional de DesenvolvimentoEconômico e Social (BNDES) está olhando com interesse o leilão de co-geração de energia elétrica, previsto para maio. A informação é do diretor de Infra-Estrutura da instituição, Wagner Bittencourt, para quem "em cerca de um ano e meio a dois anos podem ser implantados projetos de energia renovável, com mais velocidade que os das grandes hidrelétricas".

Bittencourt disse esperar a concretização de boa parte dos 118 projetos cadastrados parao leilão, que correspondem a uma capacidade de 7,8 mil megawatts deenergia. O BNDES, acrescentou, deverá financiar alguns dos projetos vencedores.

Entre os leilões programados para este ano em várias áreas de energia ele citou o de construção da usina hidrelétrica de Jirau,programado para maio; os de energia nova e de linhas de transmissão, em junho e no segundo semestre; e o de biomassa.

Em relação ao projeto da usina de SantoAntônio, no Rio Madeira (RO), a cargo do consórcio integradopor Furnas Centrais Elétricas e o grupo Odebrecht, entre outros sócios, Bittencourt lembrou que o financiamento foi enquadrado pelo BNDES há duas semanas – o leilão ocorreu no dia 10 de dezembro. A análise deverá serconcluída até agosto, para o início das obras em setembro. O valor só será divulgado aofinal do processo e parte do empréstimo deverá ser liberada ainda nesteano, adiantou o diretor.

Naárea de biomassa, segundo ele, a previsão é que sejam financiados 1,053 mil megawatts em projetos em carteira nos próximos anos, contra 668 megawatts apoiados de 2003até agora: "É um aumento de 40% e pode ser maior, porque acreditamos que biomassa será um tipo de energia que o Brasil deverá desenvolver substancialmente nos próximos anos.”

Entre 2003 e 2008, o BNDES apoiou 28 projetos na área de distribuição de energia, com R$ 4,2bilhões de financiamento e R$ 7,1 bilhões de investimentos.