Garibaldi tenta reduzir acirramento de ânimos no Senado

07/04/2008 - 17h50

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O almoço com aslideranças partidárias agendado para amanhã (8)pelo presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), terámais o objetivo de tentar reduzir "o acirramento de ânimos"entre os governistas e a oposição do que a elaboraçãode uma pauta de trabalho para a Casa. Em entrevista àAgência Brasil, Garibaldi afirmou que "éimpossível" agendar uma pauta para o Senado deliberar porcausa do volume de medidas provisórias que se têm paraapreciar."O compromisso queposso assumir é com a votação de projetos[parados na Ordem do Dia] assim que votarmos as medidasprovisórias", disse o parlamentar. O presidente do Senado,que tenta assumir a mediação na disputa entre aliados dogoverno e a oposição, reconheceu que há limitesaté mesmo para a sua atuação."Não hápossibilidade de tentar ajudar a Casa nesta situação[de acirramento de ânimos]. Seria como um suicídio.O que vou fazer é um apelo ao bom senso de todos para quepossamos retomar debates mais polêmicos. Vou buscardistensionar os ânimos".Segundo Garibaldi, "nãohá uma solução miraculosa" para fazer comque o Senado volte a ser a Casa de debates de grandes temasnacionais, e também retome os seus trabalhos de rotina comovotar as matérias no Plenário. "Não tereicondições de renovar sempre este discurso", disseem referência ao apelo que fez na semana passada para que aoposição adiasse para esta terça-feira (8) opedido de instalação da CPI exclusiva do Senadodestinada a investigar o uso dos cartões corporativos dogoverno.O presidente do Senadodisse que pretende colocar aos líderes, como possibilidade deinício de retomada dos trabalhos do Senado, algumas propostaspara discussão como a prioridade da análise dos vetospresidenciais e o acompanhamento de discussões de propostasque estão na Câmara, como a reforma tributária ea regulamentação dos mecanismos de tramitaçãode medidas provisórias."Há tambémprojetos que precisam ser votados, mas o problema todo é oradicalismo que tomou conta da Casa", lamentou.