Funcionários dos Correios mantêm greve no Paraná

04/04/2008 - 19h38

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A greve dos funcionários dos Correios prossegue por tempo indeterminado, decidiram hoje (4) as assembléias realizadas na capital e nas cidades de Cascavel, Londrina, Maringá e Ponta Grossa. Em Curitiba, 500 trabalhadores participaram da votação, em frente à sede da empresa. A categoria rejeitou a proposta definida pela Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect) e pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), de prorrogar por três meses o abono emergencial de 30% sobre os salários dos carteiros e, depois desse prazo, o benefício passar a ser pago como adicional de risco. Na manhã de hoje (4), uma primeira assembléia, em Curitiba, já havia decidido pela continuidade da paralisação, confirmada à tarde. De mãos dadas, os funcionários cantaram o Hino Nacional e pediram a demissão do presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, e dos diretores regionais da empresa. "Custódio, autoritário, devolva o meu salário", gritavam os trabalhadores.Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná, Nilson Rodrigues dos Santos “ o trabalhador quer que os 30% sejam incorporados em definitivo ao salário”.A paralisação, iniciada na terça-feira (1º), já atinge 45 municípios. Na avaliação do sindicato, estão em greve 90% dos 3 mil carteiros lotados no Paraná. Já segundo estimativa da assessoria de imprensa da empresa, são cerca de 65% dos funcionários no estado.O tráfego diário de correspondências simples no Paraná é, em média, de 1,2 milhão.. Também são entregues por dia cerca de 60 mil cartas registradas e 30 mil encomendas por Sedex.