Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A notícia de quea taxa de desemprego nos Estados Unidos aumentou de 4,8%, emfevereiro, para 5,1%, em março, com o fechamento de 80 milpostos de trabalho no mês, provocou nova queda hoje (4) nacotação do dólar no mercado financeirobrasileiro. No ano, já foram fechados 232 mil postos detrabalho nos EUA, o que reforça a percepção deque a economia daquele país já esteja em recessão.A moeda norte-americanateve desvalorização de 0,43% frente ao real, ao finaldo dia, quando o dólar foi cotado a R$ 1,71, e registrouperdas acumuladas de 1,95% na semana, contra ganhos de 3,6% no mêspassado.A Bolsa de Nova York registrou queda de -0,13% nestasexta-feira, seguida pela Espanha (-0,85%) e pelo Japão(-0,72%). Mas, no Brasil, o Índice da Bolsa de Valores de SãoPaulo (Ibovespa) fechou em alta de 0,42% e manteve o desempenhopositivo pelo quinto pregão consecutivo. O movimento foibeneficiado em parte, segundo relatório da corretora Spinelli,pela recuperação nos preços de commoditiescomo petróleo e minérios, com valorizaçãodas ações da Petrobrás e da Vale. De acordo com aanálise dos economistas da corretora, a elevaçãoda nota de crédito da dívida soberana do Peru para graude investimento, na última quarta-feira (2), pela agênciade classificação de risco Fitch Ratings, tambémanimou os investidores, que passaram a especular sobre apossibilidade de a nota brasileira ser aumentada mais cedo do que seesperava. Em sentido contrário,porém, as principais bolsas de valores do mundo fecharam asexta-feira em alta porque os investidores anteviram que, com oaumento na taxa de desemprego, o Federal Reserve (Fed), banco centraldos Estados Unidos, necessitaria reduzir ainda mais a taxa de jurosnorte-americana, que está em 2,25% ao ano.