Vinicius Konchinski
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro do Esporte, Orlando Silva, afirmou hoje (2) que a decisão de devolver os R$ 30.870,38 gastos com o cartão corporativo foipessoal e tomada por indignação. O valor gasto por servidores e funcionários do ministério - antepenúltimo na lista das pastas que mais gastaram com o cartão, disse oministro - não foi recolhido ao Tesouro Nacional.“Minha decisão é pessoal. Eu fiquei indignado com certasinsinuações que poderiam atingir a minha honra”, disse o ministro em entrevista concedida em São Paulo.“Vou requerer aos órgãos de controle que façam todas as auditorias necessáriaspara que não paire dúvida quanto à correção do meu comportamento.”Para o ministro, a questão dos cartões corporativosextrapolou o âmbito da gestão pública e passou a ser debatida na agendapolítica nacional. Segundo ele, o tema foi usado como arma para ataques daoposição e nem sempre foi tratado racionalmente pela imprensa.De acordo com o ministro, o pagamento de uma tapioca com o cartão corporativo foi um exemplo disso. Segundo ele, o cartão foi usado por engano,devido à similaridade com seu cartão de crédito pessoal. Silva disse que detectou o erro ainda no ano passado e que, em outubro, ressarciu a União. Mesmo assim, o "caso da tapioca" tomou grandes proporções, ressaltou.O ministro observou que o estudo publicado no Portalda Transparência contém alguns erros de datas e afirmou que a publicação de seus dados semchecagem acabou causando confusões. “Há gastos feitos nos dias 19 e 20de outubro que foram apontados no estudo como do dia 22. Isso é muitoimportante, mas essa informação não foi veiculada pela imprensa”, criticou.