Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Duas cooperativas de catadores de material reciclável de São Paulo esperam reaproveitar cerca de 20 toneladas de lixo produzidas no Sambódromo nos quatro dias de desfile das escolas de samba paulistanas. No carnaval do ano passado, aproximadamente 13 toneladas foram reaproveitadas. Segundo Arami Piscerno, da cooperativa Conquista, uma das duas atuantes no Sambódromo, cada um dos 135 trabalhadores da sociedade deve lucrar cerca de R$ 1.100 reais apenas com o material reciclado recolhido no carnaval deste ano.“Todo esse material ia para os aterros. E nós, coletando, estamos ajudando a gerar trabalho e renda para as cooperativas. A gente, aproveitando 100% do material lá - é uma época boa -, agrega um valor melhor na retirada dos cooperados”, disse ele.Neste ano, a coleta seletiva será realizada também com as sobras dos carros alegóricos que, após o desfile, permanecem numa área da Aeronáutica próxima ao Sambódromo. As escolas costumam aproveitar somente os chassis dos carros - todo o resto pode ser usado pelas cooperativas.Além das latinhas de alumínio, as cooperativas recolhem no sambódromo papel, papelão e embalagens do tipo longa vida; vidro; plásticos, garrafas PET e isopor; metais como cobre, ferro, latas de aço e bronze.As duas cooperativas que fazem a coleta no sambódromo paulistano, Nova Conquista e Crescer, são conveniadas com a Secretaria Municipal de Serviços. Elas não têm fim lucrativo e desenvolvem programas de coleta seletiva, triagem, processamento e comercialização de materiais recicláveis para incentivar o aumento na rentabilidade dos moradores de baixa renda, que participam das entidades.