Colômbia estende prazo para aeronaves da Operação Emmanuel atuarem no país

31/12/2007 - 17h45

Marco Antônio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo da Colômbiaaceitou ampliar por 72 horas a permissão para que as aeronavesvenezuelanas destinadas ao resgate dos reféns em poder das ForçasArmadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) continuemsuas operações aéreas. A informaçãofoi publicada pela Agência Bolivariana de Notícias. A extensão doprazo foi uma decisão protocolar do Ministério deDefesa colombiano em resposta ao pedido feito pela Venezuela. Ao anunciar aprorrogação do prazo em entrevista coletiva, osecretário de imprensa da Presidência da Colômbi, CésarMauricio Velásquez, reiterou que o governo do país“está disposto a prestar toda a colaboraçãoque for solicitada para a operação”. Velásquez tambéminformou que delegados dos sete países que participam doprocesso de libertação dos reféns manifestaramao comissário para a paz colombiano, Luis Carlos Restrepo, aintenção de permanecerem em Villavicencio “atéque se tenha uma final feliz para a operação”. A OperaciónEnmanuel é liderada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez. Tem como objetivo resgatar Clara Rojas (ex candidata avice-presidente da Colômbia), o filho dela Emmanuel(nascido no cativeiro há três anos) e a ex-parlamentarConsuelo González.Na noite de ontem (30), o coordenadorgeral da caravana aérea humanitária, RamónRodríguez Chacín, avaliou que a última fasedo planejamento, que compreende a concretização doresgate, deve ocorrer a qualquer momento nos próximosdias. A intençãode libertar os reféns foi anunciada pelas Farc em comunicadodo último dia 18, como um ato em desagravo a Hugo Chávez, pela decisãoanterior do governo colombiano de pôr fim ao papel de mediadordo dirigente vizinho para troca de 45 reféns do gruporebelde por 500 guerrilheiros presos pela polícia colombiana.Os líderes daOperação Emmanuel ainda aguardam uma sinalizaçãodas Farc sobre o local do resgate.