Cientista político chama oposição de "eleitoreira"

26/12/2007 - 10h48

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aofazer um balanço das atividades do Congresso Nacional nesteano, o cientista político e professor da Universidade de Brasília (UnB) Ricardo Caldas criticou os partidosde oposição que rejeitaram aprorrogação da Contribuição Provisóriasobre Movimentação Financeira (CPMF). “A oposição,infelizmente, atuou de forma eleitoreira”, disse.Parao cientista político, ao rejeitar a prorrogaçãoda CPMF, a oposição não pensou “nos efeitosmaléficos” que a falta do imposto fará aalguns estados. “A oposição de antigamente eraaguerrida, não tinha foco e não negociava. Hoje éamena, mas é fisiológica e não sabe separar ointeresse público do partidário. Não sabe fazeroposição e, quando faz, erra o alvo, como aconteceu coma CPMF”, disse em entrevista à Rádio Nacional.“Agrande oposição tem de ser feita em termos de direitosdo cidadão, de cidadania, pensar num sistema políticopara aperfeiçoá-lo e não pensar em ganhos decurto prazo como foi a CPMF em relação às eleiçõesdo ano que vem”, acrescentou.Eleafirmou que o cidadão brasileiro “mereceria ter umarepresentação política melhor do que tem”. “Aclasse política no Brasil, desde a legislaçãopassada, não faz juz ao cidadão”, disse.O especialista é otimista ao dizer que espera que osparlamentares desta legislatura sejam melhores do que os da anterior.“Eu avaliaria a passada como a pior que já tivemos em toda ahistória, gostaria que essa não fosse”, afirmou Ricardo Caldas. Alegislatura passada ficou marcada por escândalos como o episódio da suposta compra de votos de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.