Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Cerca de 200 moradores da favela Real Parque e representantes do movimento de lutaem defesa da moradia farão um ato solene amanhã (17), na Câmara Municipalde São Paulo. A favela fica na zona sul da cidadede São Paulo, à beira da Marginal Pinheiros.Segundo uma das líderesda comunidade, Karina Santos da Silva, o objetivo é pressionar as autoridades da área habitacional esensibilizar os parlamentares para a situação das famílias despejadas do local no último dia 11. "E das queainda sofrem a ameaça de terem as moradias destruídas na reintegração". O terreno onde se localiza a favela é da EmpresaMetropolitana de Águas e Energia (Emae), do governo do estado. A ação de reintegração de posse atingiu, porenquanto, apenas uma parte dos 17 mil metros quadrados pertencente a Emae.Ontem, Karina informou que a maioria das famílias retiradasdos não quis deixar o local. Segundo ela, cerca de 30 das 70 famílias despejadas aceitaram serlevadas para um hotel oferecido e pago pela prefeitura.O restante, acrescenta, procurouacomodação em casa de parentes ou amigos dentro da própria favela. “Tem gentedormindo até nas escadarias”, contou Karina. Hoje (16), às 16h30, os moradores farão umaassembléia para avaliar a situação.