Cleide Lopes Vieira
De A Voz do Brasil
Brasília - O grupo móvel de fiscalização móvel contra o trabalho escravo do Ministério do Trabalho resgatou este ano cerca de cinco mil trabalhadores em condições análogas à escravidão. Segundo o coordenador nacional do grupo, Marcelo Campos, o trabalhador resgatado recebe todo os direitos trabalhistas, é indenizado por danos morais, inserido no seguro-desemprego e encaminhado para o programa Bolsa Família."Assim que ele é resgatado, nós encaminhamos os dados dele para o Ministério do Desenvolvimento e Combate à Fome [MDS], que é quem faz a concessão do Bolsa Família", diz. "Lá o trabalhadores são inseridos no programa, nos mesmos critérios que são impostos a qualquer outro cidadão. Se ele tiver o perfil adequado para receber o benefício, será dado a preferência para a inserção dele no programa".Desde janeiro de 2006, o ministério encaminhou ao MDS o nome de 6.353trabalhadores resgatados para o Cadastro Único de Programas Sociais.Campos lembra que, no âmbito do ministério, a empresa ou o empregador que explorarem mão-de-obra em condições análogas à escravidão, além de pagar multas, entram para um cadastro que os impossibilitam de pegar empréstimos. Além disso, o Ministério Público propõe uma ação civil por danos morais.