Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A necessidade depolíticas efetivas de assistência social e os protestosde representantes das três esferas de governo contra o fim daContribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF) marcaram a abertura da 6ª ConferênciaNacional de Assistência Social, hoje (14), em Brasília. O presidente doConselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Silvio Iung,registrou que o Brasil atingiu o patamar de quatro mil Centros deReferência em Assistência Social (Cras) e que o SistemaÚnico de Assistência Social (Suas) é um “modelode gestão para a área social”. Os protestos pela perdada CPMF começaram com o discurso do prefeito de Recife, JoãoPaulo Lima, representando os prefeitos dos 4.035 municípiosque participaram das prévias para a conferência. João Pauloclassificou de “vergonhosa” a postura do Congresso Nacional edisse que os senadores não souberam entender as necessidadesdos estados e municípios. “A retirada de R$ 41 bilhõesdo nosso orçamento vai prejudicar as pessoas que maisprecisam”, declarou.Depois dele, foi a vezdo ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, PatrusAnanias, lamentar a perda do imposto. “Quando me perguntam se aCPMF vai atingir o Bolsa Família, respondo que talvez elesozinho não. Mas nós temos diversos outros programasque interagem com o Bolsa Família que ficarãoprejudicados”, disse. Participam daconferência cerca de 1.100 delegados entre prefeitos econselheiros do CNAS, que acontece até segunda-feira (17).