Quênia Nunes
Da Agência Brasil
Brasília - Parlamentares dabancada de Rondônia na Câmara dos Deputados reuniram-se hoje(13) com representantes do Ministério de Minas e Energia para discutir a implantação do gasodutoUrucu-Porto Velho. Um grupo de trabalho do MME é o responsável pelos estudos técnicos relativos à viabilidade do investimento. Para o deputado Mauro Nazif (PSB-RO), a construção do gasoduto resultaria em economia para o governo. De acordo com os cálculos do parlamentar, os gastos com o gás serão menores do que os atuais custos do diesel. "Por ano, o governo gasta algo em cerca de R$ 1 bilhão [com o diesel]. Aomesmo tempo a vinda do gasoduto com toda a implementaçãoe a implantação custará para a Uniãoalgo em torno de R$ 1,7 bilhão. Em dois anos, em vez de se gastar com o diesel R$ 1 bilhão por ano já se constróium gasoduto. Por isso a implantação do gasoduto éviável”Para o parlamentar, aimplantação do gasoduto também traria benefíciosnos campos social e econômico para a região. "Há gruposempresariais que já estão se instalando no municípiode Porto Velho, a estimativa é que mais de 100 mil pessoascheguem ao município, então esse é o ladosocial que hoje se tem, tanto o consumo veicular, como o consumoindustrial, o barateamento da energia, os veículos vão andar a base de gás. E o gás traz uma economia tantopara os usuários quanto para a implantação deindústrias”, defendeu Nazif.Naregião onde o gasoduto será construído háuma grande biodiversidade animal que, segundo o deputadoEduardo Valverde (PT-RO), não sofrerá agressões já que ogás é menos poluente do que o diesel. "Hoje queima-sequase 1 milhão de litros de gasolina por dia, o que geraquase 80 milhões de toneladas de gás carbônico. Ogasoduto não geraria nenhuma agressão à biodiversidadeda região", afirmou Valverde.Para ele, a maior vantagem daimplantação do gasoduto seria o fortalecimento daenergia. "O gasoduto pode viabilizar economicamente o estado. Éuma oferta de energia que pode potencializar o uso da energia, e comisso fortalecer o sistema industrial rondoniense.”A expectativa é que a construção do gasoduto demore cerca de um ano paraser concluída. A implantação do gasoduto está entre as ações previstas no Plano Amazônia Sustentável (PAS), do Ministério do Meio Ambiente, que tem o objetivo de melhorar a infra-estrutura da região.