Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados,Arlindo Chinaglia (PT-SP), afirmou que o Congresso Nacional nãofará convocação extraordinária para votar o orçamento. Ele disseacreditar que "não há nenhum benefício de auto-convocação".Segundo o parlamentar, a votação do orçamento deverá ocorrer na segunda quinzena de fevereiro, logo após o carnaval.Chinaglia esteve reunido hoje (13) com o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho(PMDB-RN), com o presidente da Comissão Mista de Orçamento, José Maranhão(PMDB-PB) e com o relator do Orçamento da União, José Pimentel.Pimentel informou que os cortesno orçamento deverão ser feitos nas despesas discricionárias, que sãoas despesas nas áreas de infra-estrutura, com bem móveis, entreoutras. Segundo Pimentel, essevalor representa no orçamento cerca de R$ 129 bilhões e é desse valorque sairá o dinheiro para cobrir a perda de arrecadação com o fim daContribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) a partir do próximo ano."É um sacrifício que vaiexigir muita paciência, primeiro, do nosso presidente da comissãomista, e de todos os nossos outros pares e deste relator para construire ajudar a fazer esse corte", afirmou.O presidente da comissãode orçamento reafirmou que a negociação sobre o remanejamento doorçamento será feita junto com os três poderes. "Não podemos nos darao luxo de remanejar recursos, ou priorizar recursos, que são do Executivo e do Judiciário", disse.