Tarso Genro pede serenidade a líderes após derrota governista

13/12/2007 - 14h19

Hugo Costa e Danilo Macedo
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Justiça,Tarso Genro, pediu tranqüilidade às lideranças políticasao lamentar a rejeição pelo Senado da prorrogaçãoda Contribuição Provisória sobre MovimentaçãoFinanceira (CPMF). Ele ressaltou que é necessáriorespeitar as decisões democráticas.“Épreciso, em primeiro lugar, serenidade. Não tem queradicalizar o ambiente político. O governo tem que dar, edará, uma demonstração de que estava preparadopara receber um não. No processo democrático se ganha ese perde. A oposição fez um movimento forte parabloquear uma iniciativa importante e conseguiu”, afirmou. O ministro previu danosà população com o fim do imposto. Mas dissedepositar confiança nas orientações dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva para realocar osinvestimentos para as áreas que deixaram de ser beneficiadaspela CPMF. “É um prejuízoenorme para o povo brasileiro, porque atinge recursos para as áreasda saúde, das políticas sociais e, provavelmente, dasegurança pública. Certamente o presidente vai orientaros ministros do Planejamento [Paulo Bernardo] e da Fazenda[Guido Mantega] para reorganizar as nossas despesas einvestimentos no ano que vem”. Tarso Genro disse que ofim da CPMF, além de diminuir os recursos governamentais, pode comprometer o momentopolítico e econômico do país. “Nos últimosúltimos 10 ou 15 dias nós tivemos notícias sobredescoberta de gás e petróleo, crescimento econômico,distribuição e aumento de renda da população.Acho que a não renovação da CPMF prejudica esseprocesso”, avaliou.