Brasil e EUA iniciam diálogo sobre cooperação econômica

13/12/2007 - 20h06

Ana Luiza Zenker
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes do Ministério das Relações Exteriores (MRE) brasileiro e do Departamento de Estado dos Estados Unidos (DoS, sigla em inglês) se reuniram hoje (13) para discutir e identificar áreas de cooperação econômica entre os dois países.“Não que não exista a cooperação, mas áreas onde a gente possa ter uma cooperação adicional, estruturada, para todos os assuntos que a gente venha a identificar no relacionamento econômico e comercial dos dois países”, afirmou o chefe da delegação brasileira, o subsecretário-geral de Assuntos Econômicos e Tecnológicos, embaixador Roberto Azevedo.Entre os assuntos tratados está a infra-estrutura de aviação civil e a liberalização do setor. Na ocasião, foi discutido o encontro realizado na semana passada no Rio de Janeiro, que reabriu as negociações sobre o assunto. Azevedo ressaltou que não houve nenhuma proposta oficial no sentido de abrir o mercado brasileiro para as empresas norte-americanas.No entanto, ele disse que tem sido discutida a possibilidade do aumento do número de vôos, o que ainda depende de estudar a capacidade dos aeroportos. “Eles querem aumento indiscriminado de freqüência, mas não tem como, a gente tem que identificar áreas onde a gente pode”, afirmou Azevedo.Ainda na área de infra-estrutura, o embaixador destacou a vontade dos dois países em promover investimentos. Segundo ele, a idéia é identificar áreas onde seria importante a ampliação de investimentos “e priorizar setores onde os dois países têm interesse”.Além disso, também foram discutidas a troca de experiências e opiniões sobre programas sociais desenvolvidos pelos dois países e formas de cooperação com outros países mais pobres, para a implementação de programas.“Enquanto avançamos nossa cooperação sobre a atividade econômica, entendemos que a finalidade do crescimento econômico é resolver as questões sociais, em ambos os países e regiões, isso significa lutar contra a pobreza, a desigualdade e a exclusão social”, afirmou um dos chefes da delegação norte-americana, o secretário assistente para o Hemisfério Ocidental do DoS, Thomas Shannon.Também estiveram na pauta do encontro temas como a agricultura, incluindo a produção de biocombustíveis, a aproximação dos setores privados brasileiro e norte-americano para identificar possíveis áreas de cooperação, a segurança de produtos importados de outros países, a importância da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), telecomunicações, internet e outros temas específicos, como a reclassificação tarifária da cachaça no mercado americano. Atualmente esse produto brasileiro é classificado como rum, segundo Azevedo.