Gabriel Corrêa
Da Agência Brasil
São Paulo - Durantetodo o dia de hoje (18), parentes e amigos dos mortos no acidente de ontem (17) com o Airbus A320 da TAM buscaram informações no Aeroporto Internacional de Congonhas e também no Instituto Médico Legal, para onde também levaram documentos que ajudem na identificação dos corpos. Muitos, como Vicente Carvalho, tio de uma das vítimas, lamentavam a "desorganização no atendimento, apesar da boa vontade por parte dos funcionários". Carvalho disse ter telefonado para a TAM até as 2 horas de hoje, sem conseguir informações sobre o sobrinho Marcelo Stelzer, de 39 anos, que estava em Porto Alegre a trabalho e, "por azar, trocou o vôo".Ângela Rabay, que era colega de curso de Direito do comandante Kleyber Aguiar, tentava obter informações no aeroporto para repassar à família dele, que mora no Ceará. Aos 54 anos de idade, Aguiar tinha 27 anos de profissão e segundo Ângela Rabay, costumava reclamar da falta de segurança na pista de Congonhas, ao lado de outros pilotos. Ela contou que segundo os pilotos a pista é curta para aviões do porto do Airbus e as reformas não estavam concluídas. Chorando, ela considerou "um crime" a liberação da pista principal sem a conclusão das obras.Já Dernivaldo Freitas, pai de Ésio Freitas, 24 anos, contou que a notícia da possibilidade de morte do filho foi dada pela empresa em que ele trabalhava. Segundo uma prima de Ésio, Luzimar Novaes, ele estava casado há dois anos e planejava o primeiro filho para o ano que vem.Atéo início da noite, nenhum dos corpos dessas três vítimas havia sido identificado.