Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Transpetro (Petrobras Transporte) marcou para o próximo dia 11 de abril, no Rio, a cerimônia de assinatura dos contratos com o consórcio RioNaval para a construção de nove navios-petroleiros. As assinaturas estavamprevistas para o início deste mês, mas foram suspensas por uma liminar doTribunal de Contas da União (TCU).
A construção dasnove embarcações faz parte do Programa de Modernização e Expansão daFrota da Transpetro e compreende a construção de 42 navios, 26 deles na primeira fase (10dos quais já estão com assinaturas concretizadas). A segunda fase, que seráimplementada logo após a assinatura dos contratos da etapa inicial, abrangerá aconstrução de mais 16 navios. As obras das 42 embarcações vão gerar 22 milempregos.
OConsórcio Rio Naval é formado pelas empresas MPE, IESA e Sermetal, com parceriatecnológica da Hyundai. A licitação envolve a construção dos cinco navios Aframax, aopreço de US$ 517 milhões, e quatro navios Panamax, no valor totalde US$ 349 milhões.
O programa foi desenvolvido pela Transpetro, segundo a própria transportadora, a partir da necessidade de modernizare aumentar sua frota, para atingir a meta de atender à Petrobrasem 100% no transporte de cabotagem e 50% no longo curso e, com isto, contribuir para a consolidação de uma indústria naval moderna e internacionalmente competitiva.Serão assinados contratos com oestaleiro Mauá Jurong, que construiráquatro navios de produtos (derivados de uma maneira geral), com preço global deUS$ 277,07 milhões, e o Itajaí, que fabricará três navios de GLP (os chamadosnavios gaseiros), ao preço de US$ 130,9 milhões.
Oresultado da licitação foi anunciado em março do ano passado. O valor total dos26 navios (US$ 2,4 bilhões) ficou apenas 1% superior ao que seria pago se aencomenda fosse feita no exterior, considerando a equivalência financeira e anecessidade de customização das embarcações, que têm altas exigências deprojeto e de construção.
Naavaliação da Transpetro, os navios fabricados no Brasil vão permitir umaredução nos gastos com afretamento de embarcações de bandeiraestrangeira. Hoje, o Brasil gasta US$ 10 bilhões por ano em transportemarítimo. Só a Petrobras gasta anualmente US$ 1,2 bilhão com afretamento denavios. O programa conta com recursos do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES), viabilizados pelo Fundo Nacional deMarinha Mercante, e estão embutidos no Programa de Aceleração do Crescimento(PAC).Segundo informações divulgadas em nota pelaassessoria de imprensa da subsidiária da Petrobras, a solenidade de assinatura dos contratos contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governadordo Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e do presidente daTranspetro, Sergio Machado.
