Luiz Marinho deixa pasta do Trabalho e assume Previdência Social

29/03/2007 - 12h36

Irene Lôbo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O atual ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assume hoje (29) o Ministério da Previdência Social, dando continuidade a seu trabalho no governo. Marinho tem 47 anos, é casado e pai de dois filhos. Formado em Direito, foi metalúrgico na década de 70. Em 1978, começou a trabalhar na Volkswagen de São Bernardo do Campo (SP), onde ingressou no sindicalismo como membro da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa).

Em 1984, foi eleito tesoureiro do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista, onde também foi secretário-geral e vice-presidente. Em 1996, foi eleito presidente do sindicato, sendo reeleito para os mandatos de 1999 a 2002 e de 2002 a 2003.

Em junho de 2003, foi eleito presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), com 74% dos votos. Entre as principais ações realizadas, estão as campanhas contra as demissões no setor automotivo em 1998.

Assumiu a coordenação do Mova - Movimento de Alfabetização Regional ABC, em julho de 1998. O movimento é uma parceria entre o sindicato e a prefeitura de Diadema, que já alfabetizou mais de 77 mil pessoas.

Em 1999, foi o principal responsável pela articulação do acordo emergencial do setor automotivo e de projetos como a renovação da frota nacional de veículos. Dois anos depois, em Miami (EUA), negociou com a direção mundial da Whirpool a extensão do prazo de fechamento da fábrica da Brastemp em São Bernard. Também defendeu os postos de trabalho da Ford, em Detroit (EUA), conseguindo garantia de emprego por cinco anos para os trabalhadores das unidades de São Bernardo e quatro anos para os de Taubaté.

Em 2002, Marinho foi candidato a vice-governador de São Paulo, na chapa encabeçada por José Genoino, do Partido dos Trabalhadores. Entre 2003 e 2004, foi nomeado presidente do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea).Em julho de 2005, assumiu o cargo de ministro do Trabalho. Naquele ano, Marinho comandou uma negociação histórica com representantes de todas as centrais sindicais para definir o valor do salário mínimo de 2006. Depois de várias reuniões, chegou-se a um consenso e o piso nacional passou de R$ 300 para R$ 350, considerado o maior índice alcançado desde 1995.