Embaixador brasileiro na OEA diz que ajuda ao Haiti é importante, mas país precisa se capacitar para gerenciar recursos

29/03/2007 - 11h42

Vítor Abdala
Enviado especial
Washington (Estados Unidos) - O embaixador brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA),Osmar Chohfi, disse, em entrevista à Agência Brasil, que a ajudainternacional ao Haiti é importante, mas que também é necessário queas instituições haitianas sejam capacitadas para gerenciar essesrecursos, recebidos de outros países e organizações internacionais.Oauxílio financeiro ao Haiti deve ser um dos temas tratados na conversaentre o presidente Lula e o presidente Americano, George Bush, nestesábado (31), em Camp David."É importante que os organismos financeiros internacionais e osgrandes países doadores confiem na capacidade do governo haitiano degerir os recursos que estão sendo destinados ao desenvolvimentoeconômico e social do Haiti. Já foram oferecidos mais de US$ 900milhões, mas é necessário auxiliar a capacitação do próprio governo edas próprias instituições haitianas para gerenciar essa ajudainternacional", disse Chohfi.O embaixador também defendeu a permanência das tropas brasileiras nopaís. O Brasil chefia a força de paz da Missão das Nações Unidas pelaEstabilização do Haiti (Minustah), desde 2004. O mandato depermanência da força no país caribenho foi renovado por mais setemeses pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas(ONU), no último dia 15. O Brasil mantém cerca de 1.200 homens noHaiti e comanda  7.400 homens de 17 países."As tropas estão lá não somente pela segurança, mas elas também têmuma função de auxílio a determinados projetos de desenvolvimento. Porexemplo, há um contingente brasileiro de engenharia que pavimentouestradas, que recuperou parte do sistema viário da capital do Haiti.Não é só a presença de manutenção da segurança, mas também tem umsentido de desenvolvimento econômico e social muito importante",afirmou.