Amorim defende política externa brasileira e destaca visitas de líderes do G 7

29/03/2007 - 14h00

Spensy Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, fez hoje (29) uma defesa do caráter estratégico da diversidade da política externa brasileira aplicada no atual governo. Em sua exposição inicial em audiência pública no Senado, ele afirmou que, apesar de a imprensa ironizar a expressão "nunca se viu nessa história do país", usada reiteradamente nos discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, há diversas realizações dessa política que são realmente inéditas na história do país."Receber três govenantes do G 7 num espaço de 15 dias não é algo comum para nenhum país em desenvolvimento. Nem a China, nem a Índia, nem países latino-americanos", destacou ele, em referência às visitas do primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, esta semana, do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no último dia 9, e do presidente da Alemanha, Horst Köhler, também na primeira semana de março. "E isso sem perder de vista os nossos compromissos com os outros países (da América do Sul)", completou, em referência a diversas iniciativas brasileiras pela integração do continente.O ministro disse que já se contabilizam 54 visitas do presidente Lula a outros presidentes sul-americanos, e 38 visitas desses presidentes a Lula, no Brasil. Ele também lembrou que Lula visitou 17 países da África, um continente que tem, sim, importância nas relações comerciais com o Brasil, pois, ao todo, tem quase o mesmo peso em nossa balança comercial que a China."Tudo isso demonstra que embora tenhamos um relacionamento forte como talvez nunca tenhamos tido com países ricos. Isso se deu num contexto em que o nosso relacionamento com países em desenvolvimento e, muito especialmente, com a América do Sul, também se fortalece e se expande", completou Amorim.Amorim participa de audiência na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado. O objetivo é debater com os senadores as expectativas da política externa brasileira para o cumprimento das metas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).