Após troca de chefes de polícia, governo retoma diálogo sobre segurança

27/03/2007 - 22h22

isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Com as mudanças nos governos estaduais com a eleição de 2006, muitas chefias de Corpo de Bombeiros, Polícia Civil e Militar foram trocadas na virada do ano. Para retomar o diálogo sobre uma política nacional de segurança pública com os novos comandantes, a Secretaria Nacional de Segurança Pública fez uma reunião hoje (27) com o Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil e Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polícias Militares e Bombeiros Militares.O objetivo da reunião é discutir formas do governo federal firmar parcerias com os órgãos de segurança pública nos estados para, por exemplo, articular ações, mobilizar recursos, aeronaves, veículos e policiais. Segundo o secretário nacional de segurança, Luiz Fernando Corrêa, esses são os objetivos da Senasp e com a troca de chefes nas polícias as discussões precisavam ser retomadas."Queremos reestruturar e regulamentar o sistema de segurança, definindo planejamento estratégico”. O objetivo é definir o perfil da "polícia que queremos em 2015", destacou Corrêa. "Faremos também um trabalho de inteligência para definir os alvos, seja o tráfico de drogas, o assalto a banco, roubo de carga, ou qualquer outro. A inteligência local define os objetivos, discute como operacionalizar e aponta como o governo federal pode atuar”, afirma.O vice-presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil, Cléber Monteiro, ressalta que a Senasp “tem uma política de parceria com os estados e as polícias” e o trabalho em conjunto poderá será realizado de acordo com as demandas de cada região.” A secretaria pode oferecer apoio logístico, equipamento e recursos para que a gente possa fazer operações regionalizadas e nacionais com a participação efetiva do governo federal”.Monteiro disse que outras operações como a da última sexta-feira (23) em que foram presas 2.422 pessoas em todo o país, em cumprimento a mandatos de prisão, podem ser realizadas em parceria com a secretaria. O órgão do governo federal, segundo ele, poderia auxiliar principalmente, por meio da inteligência.O secretário da Senasp elogia a ação do Conselho Nacional de Chefes de Polícia e avalia que essas operações "demostram a capacidade de mobilização e mutirão" das instituições. “Temos agora que colocar essa capacidade a serviço de uma política nacional e de focos específicos, seja o tráfico de drogas, assalto a banco ou qualquer uma das faces da criminalidade”, avalia.