No aeroporto de Buenos Aires, radar ficou cinco meses no conserto

27/03/2007 - 18h29

Agência Télam*
Buenos Aires (Argentina) - Os argentinos também enfrentam problemas de tráfego aéreo por falta de equipamento. Enquanto em Cumbica (São Paulo) houve atrasos e filas enormes nos últimos dias porque um aparelho para orientação de pousos em nevoeiro não tinha sido liberado pela Força Aérea, embora estivesse pronto havia um mês, em Ezeiza (Buenos Aires) voltou a funcionar no sábado um radar detector de granizo que ficou cinco meses no conserto.O Ministério da Defesa da Argentina informou, através de comunicado, que pediu ao Serviço Meteorológico Nacional (SMN) um informe sobre a demora para fazer os reparos no motor do radar, para “apurar as responsabilidades pela demora de cinco meses”. A nota afirma que a entrega do equipamento é de responsabilidade da Força Aérea.No último dia 15, o presidente Néstor Kirchner transferiu para civis o controle do espaço aéreo argentino, que antes estava a cargo de militares. No dia seguinte, ordenou o aluguel de mais dois radares para garantir a segurança dos passageiros.No Brasil, onde o controle é do Departamento de Controle de Espaço Aéreo (Decea, órgão do Comando da Aeronáutica) e os problemas têm sido freqüentes desde a queda do Boeing da Gol, em setembro de 2006, também se discute a possibilidade de transferi-lo para uma administração civil.Hoje pela manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o ministro da Defesa, Waldir Pires, o comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, e os presidentes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, e da Infraero, José Carlos Pereira, para cobrar soluções. O encontro terminou por volta das 14 horas, mas ninguém deu entrevista.Em seguida, numa coletiva do lado do premiê italiano Romano Prodi, Lula disse querer "prazo, dia e hora" para anunciar que o Brasil não tem mais problemas nos aeroportos. E responsabilizou "as pessoas que tomavam conta dos aeroportos brasileiros" pela crise na aviação nacional.