Italianos apostam no crescimento do comércio com o Brasil

27/03/2007 - 20h33

Edla Lula
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Empresários e políticos que acompanharam o primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, ao Brasil, apostam no crescimento mais significativo da corrente de comércio entre os dois países. Segundo os dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, no ano passado o fluxo de comércio dos dois países chegou a US$ 6,4 bilhões, com superávit para o Brasil. Foram US$ 3,8 bilhões de exportações e US$ 2,6 bilhões de importações. "Pessoalmente acho que podemos dobrar este número em quatro anos", disse o diretor da Associação Industrial Italiana, embaixador Vincenzo Petrone, membro da comitiva chefiada por Prodi. A Itália está hoje na nona colocação entre os países compradores do Brasil, e na décima entre os que vendem para cá, ocupando apenas 2,8% do comércio total brasileiro com o exterior. "O Brasil passou muitos anos com crescimento reduzido, isso naturalmente não estimula o comércio exterior", disse Petrone ao analisar as razões que fizeram cair o comércio entre os dois países. A participação da Itália nos destinos brasileiros já chegou a ultrapassar os 5% no início da década de 90. "Os industriais italianos se concentraram muito no Leste Europeu e no mediterrâneo. Com a concorrência chinesa os industriais querem investir aqui e muito", disse Petrone, citando especialmente os setores automotivos e têxtil.Embora a participação seja pequena, as vendas brasileiras para a Itália vêm crescendo desde 2003. Naquele ano, o Brasil vendeu 21,5% mais para a Itália. Em 2004 o crescimento foi de 31,5%. No ano seguinte, houve incremento de 10,9%. Em 2006, o aumento foi de 19,7%. Já as importações cresceram 13,8%. As importações também cresceram nos últimos anos, a partir de 2004, quando o Brasil comprou 18,33% mais que em 2003. Em 2005 as compras se elevaram em 11,07%, e em 2006 cresceram 12,89%.