Projeto SOS São Francisco mobiliza comunidades mineiras com ação educativa

16/03/2007 - 15h03

Luciana Vasconcelos
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A revitalização do Rio São Francisco é um dos desafios enfrentados pelo governo. Mas o trabalho não depende apenas de ações institucionais. A população também pode atuar, com sucesso, na preservação do meio ambiente. É o que apontam os primeiros resultados do projeto SOS São Francisco, criado com o objetivo de mobilizar a comunidade em torno da revitalização do rio e áreas ribeiras.Lançado em 2006, o projeto conta com açõesconjuntas do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama), Ministério Público Estadual, Polícia Militar deMeio Ambiente, Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o ConselhoRegional de Engenharia.A estratégia utilizada é visitar cada propriedade a beira do leito principal do rio São Francisco, desde sua nascente, em São Roque de Minas, até a represa de Três Marias, em Minas Gerais. Nas residências é feito um trabalho de educação ambiental, identificando áreas de proteção permanente e nascentes degradadas.A partir daí, são assinados Termos de Ajustamento de Conduta para recuperação florestal das áreas de preservação permanente por meio do Ministério Público de Minas Gerais, em parceira com o Ministério do Meio Ambiente."Não é coercitivo inicialmente, é mais educativo. O proprietário se responsabiliza em recuperar essas áreas. E o programa de revitalização, em parceria com os órgãos estaduais e federais dão o suporte técnico e também chegamos a ceder parte das multas para recuperação dessas áreas”, explicou Maurício Laxe, coordenador do Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco do Ministério do Meio Ambiente.Laxe disse que as primeiras visitas começaram no final do ano passado. Cerca de 430 propriedades já possuem termo de ajustamento de conduta e 210 projetos estão em fase final de análise por parte dos técnicos do Ibama.“E agora nós vamos potencializar isso principalmente nos municípios de Iguatama e Bambuí para recuperar as áreas degradadas naquela região.”