Beatriz Mota
Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Nos dois primeiros meses deste ano, 63 moradores de São Gonçalo, na região metropolitana do Rio, apresentaram sintomas de dengue. Segundo a Secretaria de Saúde do município, o número é o dobro do registrado no mesmo período do ano passado. As estatísticas sobre a doença no resto do estado, entretanto, apontam redução no número de casos em janeiro e fevereiro. De acordo com assessoria de imprensa da Secretaria estadual de Saúde, das 30.932 notificações recebidas em 2006, no Rio de Janeiro, 6.436 foram feitas em janeiro e fevereiro. Neste ano, o número dos dois primeiros meses baixou para 4.196. Segundo o diretor da Divisão de Vigilância Sanitária de São Gonçalo, Maurício Ribeiro, o avanço da dengue na cidade já era esperado, devido às condições climáticas do início deste ano. “Nosso trabalho de prevenção é o mesmo do ano passado, só que, neste ano, janeiro teve alta pluviosidade e foi seguido por um mês de muito calor, o que favoreceu a proliferação do mosquito”, explicou Ribeiro. Ele informou que as questões naturais não foram as únicas responsáveis pelo aumento de casos no município. “Houve demora no repasse de informações da rede de atendimento público para a vigilância sanitária, e nós precisamos desses para poder direcionar nossos recursos e agentes para atuação imediata na região afetada”, disse. Para Maurício Ribeiro, o alerta em São Gonçalo mostra que a dengue ainda é um problema não controlado no Brasil. “Há vários lugares no país com índices altíssimos de proliferação, por isso ainda é necessário um grande investimento em recursos humanos e em materiais para que possamos trabalhar na prevenção e na erradicação da doença”, afirmou.