Pequenos fabricantes de refrigerantes reivindicam redução da carga tributária

10/03/2007 - 17h25

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As empresas filiadas à Associação dos Fabricantes deRefrigerantes do Brasil (Afrebrás) estarão em Brasília nos próximos dias 14 e15 (quarta e quinta-feira) com o ministro do Desenvolvimento, Indústria eComércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e parlamentares, para discutir aredução da carga tributária para o setor.O presidente da Afrebrás, Fernando  Rodrigues deBairros, reclama que as empresas de capital nacional do ramo de refrigerantessão as mais tributadas de toda a cadeia de produção de bebidas do país, pagandocerca de 54% de impostos. “Na verdade, a grande distorção das empresas de capitalnacional de refrigerantes no Brasil é ter uma  tributação muito maiselevada do que as grandes corporações. Então, aí existe uma distorção detributação em cima desse setor econômico no país”, avaliou Bairros.As empresas nacionais fabricantes de refrigerantes sãoresponsáveis por 21 mil empregos. A Afrebrás reivindica, pelo menos, a isonomia tributária comas grandes companhias, segundo Bairros, pagam em torno de 15% de tributos amenos que as pequenas empresas do setor de refrigerantes. “No mínimo, tem que ser igual. Nós queremos justiça eisonomia tributária. As nossas lutas estão previstas na Constituição. Você nãopode beneficiar grandes (companhias) em detrimento das pequenas. Nósgostaríamos que os parlamentares e o poder público se sensibilizassem eencampassem as causas da Afrebrás”, reivindicou.De acordo com o executivo, a redução da carga tributáriaincidente sobre o setor contribuiria para o aumento de postos de trabalho nasempresas. “Com certeza, porque a partir do momento que você acaba estimulando oempresário a investir, conseqüentemente isso traz  mais empregos. Nóstemos capacidade de distribuição igual ou maior até em relação às grandescorporações. A partir do momento em que os empresários estão motivados, nósconseguimos diversificar as nossas linhas e geramos mais empregos”, explicou.As 105 companhias associadas à Afrebrás faturaram R$ 1,9bilhão em 2005, dos quais R$ 300 milhões foram retidos sob a forma detributos, segundo Bairros.