PAC prevê recursos de R$ 1,2 bilhão para rodoanel em São Paulo, informa Mantega

02/02/2007 - 21h21

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A aplicação de recursos no valor de R$ 1,2 bilhão nas obras do Rodoanel na região metropolitana de São Paulo, durante os próximos 4 anos, está entre as prioridades de investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado no último dia 22 pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.A informação foi dada hoje (2) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, após seu encontro de mais de duas horas com o governador José Serra, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Segundo justificou o ministro, o objetivo da reunião foi o de detalhar a Serra o conteúdo do PAC.Mantega esclareceu ainda que o governo federal irá estudar a reivindicação feita por Serra no sentido de priorizar investimentos para o trecho Sul do Ferroanel. “Nossas equipes estão examinando a conveniência de fazer o Sul e não o Norte”, explicou o ministro, observando que os projetos passam por análises de impactos ambientais.Ele também informou que será examinada ainda a possibilidade de se atender outra reivindicação do governador, que é a retirada da cobrança de PIS/Cofins sobre a área de saneamento.De acordo com os cálculos do governador, essa renúncia atingiria R$ 1,3 bilhão. Mas a dificuldade, segundo adiantou o ministro, é que “as contas federais têm de fechar”. No entanto, observou que o governo federal está com um” programa ambicioso” de saneamento”, tanto que está  sendo ampliada a capacidade de endividamento dos estados e municípios para obras neste setor. O endividamento total do setor público neste segmento passará de uma restrição de R$ 1 bilhão para R$ 6 bilhões.Outros dois pedidos apresentados por Serra foram a liberação de recursos federais para a Linha 2 do Metrô e o compartilhamento de gestão no Porto de Santos. Tanto verba quanto a administração portuária serão avaliados, informou Mantega. Ao ser indagado se essa pré-disposição em analisar as reivindicações estaria associada a ascensão de Arlindo Chinaglia (PT-SP), na presidência da Câmara dos Deputados, o ministro disse “isso não tem nada ver”.Mantega relatou ainda que solicitou ao governador que apoiasse a reforma tributaria, em  andamento no Congresso Nacional. Serra, por sua vez, manifestou seu interesse em colaborar nessa matéria, concordando com o ministro sobre a necessidade de “tornar menos custosa (a tributação) ao setor produtivo”. Questionado sobre críticas que fez em torno do PAC, o governador evitou tratar do assunto e afirmou que via apenas a necessidade de uma complementação de política econômica.