Povos não podem ser condenados à submissão e à pobreza, diz deputado que propôs homenagem a Chávez

19/01/2007 - 22h51

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O deputado estadual Paulo Ramos (PDT), que propôs a entrega da Medalha Tiradentes, a mais alta comenda do estado, ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse que com isso pretendia homenagear "um povo que busca outra alternativa, distante do modelo imposto pelo capitalismo mundial". Ele acrescentou que "os povos têm esse direito de experimentar outros modelos, os povos não podem estar condenados à submissão e à pobreza”. Ramos refutou críticas a Chávez, de que estaria querendo se perpetuar no poder ou impor um “socialismo do século 21” na América do Sul, ao afirmar que o presidente venezuelano “está sendo apontado pelo capitalismo mundial como anti-democrático e as correntes que se alinham a esse modelo, do qual ele quer se livrar". O parlamentar disse ver com otimismo o futuro do continente, com os atuais dirigentes: “Acredito que a América do Sul esteja se debatendo, a partir deste momento, para em conjunto caminhar para uma saída”. E analisou que a posição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem sido muito serena: "Ele vem se resguardando, mas sem embarcar nessa tentativa de ridicularização” em relação às idéias do presidente venezuelano.