Amorim defende tratamento diferenciado para a Bolívia no Mercosul

17/01/2007 - 21h19

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje (17) que a Bolívia deve ter um tratamento diferenciado nas relações comerciais com os outros países membros do Mercosul, caso entre no bloco. A economia boliviana, acrescentou, é muito menor que a brasileira e, portanto, deve ser tratada dessa forma. “A América do Sul, em especial o Brasil, tem que procurar, sim, oferecer possibilidades alternativas à Bolívia, sem estar fazendo exigências que sejam desnecessárias. O PIB [Produto Interno Bruto] per capita da Bolívia equivale a um quinto do brasileiro. É um país que depende, exclusivamente, de recursos naturais”, defendeu.Em entrevista coletiva também hoje, o secretário de Relações Internacionais da Argentina, Alfredo Chiaradia, disse que tanto a Bolívia quanto o Equador têm direito a pleitear o ingresso no Mercosul. Mas, segundo ele, todos os membros do bloco devem discutir a entrada desses países e a negociação sobre a oferta de condições especiais no comércio com outras nações.