Caixa prevê oferta de 40 mil unidades habitacionais no Rio neste ano

17/01/2007 - 20h08

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A previsão da Caixa Econômica Federal para este ano é de produção de 40 mil unidades habitacionais no estado. Em análise, já estão 17.401 unidades, mobilizando recursos de R$ 720,9 milhões. A informação é do superintendente regional da Caixa, José Domingos Vargas, que destacou a análise para financiamento de 4.370 unidades destinada à população de "baixíssima renda", dentro da Resolução 460, que trata das operações coletivas com subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Essa população tem renda de um salário mínimo a R$ 1,8 mil e as operações alcançam cerca de R$ 80,2 milhões, em diversos municípios fluminenses. De 2003 a 2006, segundo Vargas, os subsídios concedidos pela Caixa à habitação com recursos do FGTS cresceram 373%  no país. No Programa de Arrendamento Residencial (PAR), a Caixa/RJ tem hoje em estudo 10.325 unidades, no valor de R$ 391,27 milhões. Para imóveis na planta com recursos do FGTS, existem projetos para 2.285 unidades, no valor de R$ 154,3 milhões. Já em relação aos imóveis na planta para a classe média, utilizando recursos da caderneta de poupança, a Caixa analisa 421 unidades, no montante de R$ 95,14 milhões. O superintendente esclareceu que para a viabilização de habitações no Rio de Janeiro e no país "a Caixa hoje avalia a qualidade do projeto, se ele tem viabilidade, qual o impacto do projeto na empresa, o histórico dessa empresa e a demanda por meio de venda direta". Nas operações coletivas, explicou, a prefeitura apresenta à Caixa uma proposta de parceria, que possibilitará, inclusive, "tirar pessoas de áreas de risco desde que comprovem situação de dificuldade financeira – até R$ 300 de renda, a pessoa pode não pagar nada”. A prestação máxima para o mutuário, na faixa de renda até R$ 1,8 mil, é de R$ 562, com pagamento em 20 anos. Para um imóvel avaliado em R$ 25 mil, a Caixa entra com subsídio de R$ 14 mil e a prefeitura complementa o restante, exemplificou. E lembrou que as operações coletivas beneficiam faixas de até cinco salários mínimos de renda, "que constituem 92% do déficit habitacional". O subsídio da Caixa, acrescentou, depende do porte dos municípios: nas capitais e  nas cidades com mais de 100 mil habitantes, é de R$ 11 mil; naquelas com população entre 50 mil e 100 mil habitantes, o máximo é de R$ 9 mil; e nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, vai a R$ 14 mil.