Shirley Prestes
Repórter da Agência Brasil
Porto Alegre - O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, reiterou hoje (11) que o governo federal não vai interferir nas negociações para a eleição da presidência da Câmara dos Deputados. “O governo não vai fazer campanha para um ou para outro candidato nem pedir que eles desistam, pois são duas candidaturas totalmente legítimas”, afirmou.Tarso Genro acrescentou que "o governo pode, num determinado momento muito próximo à votação, emitir a sua opinião sobre qual dos dois candidatos – Arlindo Chinaglia (PT-SP) ou Aldo Rebelo (PCdoB-SP) – está tendo maior apoio da base governista, para que os partidos se orientem em direção de um ou outro”. O ministro garantiu que os dois candidatos “têm larga representatividade e relação com os partidos do governo e da oposição”. Sugeriu, porém, que os partidos devem fazer, “se quiserem”, uma aferição para ver se um deles já pode prever a vitória. O governo federal, segundo o ministro, está criando condições para os partidos da base conversarem. “Evidentemente nós não interferimos em todos os partidos políticos, mas com os da base de sustentação do governo nós dialogamos permanentemente”, explicou. E citou como exemplo a reunião que teve com o PCdoB, que “independentemente de ter ou não candidato, vai continuar sendo um partido respeitável da base”. Sobre a reforma ministerial, Tarso Genro disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá conversar com lideranças, partidos e governadores, para chegar ao final do mês com alguma decisão. "Mas isso pode mudar, pois em política os prazos nunca são matemáticos e sim presumidos, uma vez que eles têm que ser observados conforme as circunstâncias”, ressalvou. O ministro também garantiu que os maiores partidos da base estarão representados no primeiro escalão do governo. “Esse é o objetivo político da coalizão”, afirmou.