Safra de grãos cresceu 3,6% em 2006

09/01/2007 - 12h44

Aline Beckstein
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em 2006 a safra de grãos totalizou 116,6 milhões detoneladas, quatro toneladas a mais que no ano anterior, o que representa umcrescimento de 3,6%. A área colhida alcançou, no ano passado, o patamar de 45,5milhões de hectares, contra 47,6 milhões em 2005, uma redução de 4,4%.Os dados foram divulgados, hoje (9), pelo InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e constam no levantamento Sistemáticoda Produção Agrícola.A produção de 13 dos 25 produtos analisados apresentouaumento entre 2005 e 2006. A segunda safra de milho obteve o melhor resultado:cresceu 38,7%. Já o trigo teve e maior redução: caiu 49,1%, devido à estiagem egeada no Rio Grande do Sul e Paraná. A mamona foi o segundo produto maisprejudicado, com uma queda 42,6%.O coordenador do levantamento do IBGE, Neuton Rocha, disseque a safra ficou abaixo da última estimativa projetada, que era de 122,39milhões de toneladas, com aumento de 5,34%. Ele avaliou, contudo, o resultadocomo positivo.“A safra foi boa, apresentou acréscimo, principalmentedevido ao clima favorável e alguns níveis de produtividade acima do anoanterior. Podemos considerar 2006 como um ano de recuperação, já que tivemosproblemas substanciais nas duas safras anteriores”, concluiu.Segundo Neuton Rocha, “a soja, que havia sido prejudicadapelo clima, também está passando por um período de recuperação, com uma maiorprodutividade, utilizando áreas menores de cultivo”. A produção cresceu 2,1% em2006 e deve passar de 52,2 milhões para 54,8 milhões de toneladas este ano.Terrenos menos férteis do Mato Grosso, antes utilizados parao cultivo para a soja, também estariam sendo aproveitados para a plantação dearroz, utilizando menos recursos tecnológicos segundo informou o pesquisador.A produção de cereais, leguminosas e oleaginosa,tanto em números absolutos quanto em proporção, ficou assim distribuída em2006: Sul, 48,2 milhões de toneladas (41,1%); Centro-oeste 39,7 milhões(34%);Sudeste, 15,8 milhões (13,6%); Nordeste, 9,6 milhões (8,2%) e Norte, 3,3milhões (2,8%).