Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo quer estimular o investimento privado e aumentar o investimento público com a criação de um redutor de despesas que será aplicado por conjunto de gastos. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o objetivo é que, nos próximos anos, o investimento passe dos atuais 21% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no país) para 25%. "Temos que caminhar para algo como 25% do PIB nos próximos anos. É este crescimento nos investimentos que dará um equilíbrio, que aumentará a oferta do país e permitirá o Brasil crescer 4%, 5% ,6% sem inflação”.Ele acrescentou que só com controle de gasto, o país conseguirá aumentar o investimento privado e público. “Esse é o nosso desafio [crescer] e, para conseguirmos isso, para aumentar o investimento privado e do governo, é preciso que haja um controle do gasto público. Não significa retaliação, diminuição, significa apenas uma regra de expansão, uma contenção da expansão”.De acordo com o ministro, o redutor faz parte do conjunto de medidas para promover o desenvolvimento que o governo pretende anunciar até o Natal. Na avaliação dele, com as ações, o setor privado terá mais facilidades, custo menor e mais infra-estrutura. Um cenário ideal, na visão do ministro, para estimular o investimento privado."O próprio investimento que o governo vai fazer, que será de maior monta, também vai interagir com investimento privado. Vamos, por exemplo, construir mais estradas, mais pontes. Tudo isso barateia os transportes, facilita a exportação e importação de mercadorias".Ele explicou, ainda, que haverá um critério de redução de despesa para cada conjunto de gastos, de modo que seja pré-estabelecida uma variação a longo prazo. O governo quer que os gastos fiquem abaixo do ritmo de crescimento do PIB. Por isso, a regra é aplicar a inflação mais uma determinada variável que signifique aumento real, sem chegar ao índice do PIB, que mede o crescimento da economia. “A idéia é que seja abaixo do PIB, de modo a diminuir a relação entre gasto corrente e PIB, e deixar mais espaço para o investimento. Sem um investimento robusto, não conseguiremos o crescimento econômico que o presidente e toda a Nação querem".O tamanho dos gastos com pessoal - como reajuste do funcionalismo - e com a Previdência ainda não foi definido, conforme adiantou Mantega. Nesta semana, o governo definirá também a parte fiscal do conjunto de medidas, tais como a desoneração tributária que beneficiará alguns setores.