Ivan Richard
Da Agência Brasil
Brasília - O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, reafirmou que“é bom para o Brasil” o contrato firmado com a Bolívia depois da nacionalizaçãodos hidrocarbonetos naquele país. Segundo ele, o novo contrato “traz consigoprofunda segurança jurídica, regulatória e menor risco para o país”Em audiência pública conjunta das comissões deDesenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; Relações Exteriores e de Minase Energia da Câmara, o ministro ressaltou a importância da parceriaBrasil-Bolívia na questão energética.Rondeau lembrou que a construção do gasoduto Brasil-Bolíviaabriu o mercado consumidor de gás natural no Brasil. Ele ressaltou também queas negociações que culminaram no acordo foram desenvolvidas “de forma ordeira esem atropelos” pelos representantes das duas estatais, Petrobras e YacimientosPetrolíferos y Fiscales Bolivianos (YPFB).O ministro traçou um quadro da matriz energética brasileira,na qual o petróleo corresponde a 40%, enquanto o gás natural não representamais que 9,3%, dos quais apenas 4,1% se destinam à produção de energia.Também participam da audiência pública o presidente daPetrobras, Sérgio Gabrielli, e o diretor do Departamento de América do Sul doMinistério das Relações Exteriores, Ênio Cordeiro. Eles vão falar sobre oacordo firmado para produção e exploração de gás nos campos de San Alberto e SanAntonio, os principais fornecedores do gás que a Petrobras importa da Bolivia,responsáveis por mais de 50% do abastecimento nacional do produto.À tarde o Silas Rondeau e Sérgio Gabrielli falam sobre omesmo assunto na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.