Centrais sindicais pedem apoio de Renan Calheiros ao mínimo de R$ 420

06/12/2006 - 17h36

Wladimir Platonov
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Representantes de setecentrais sindicais entregaram a pauta de reivindicações com reajuste de20% para o salário e correção de 7,7% na tabela do Imposto de Renda PessoaFísica ao presidente do Senado, Renan Calheiros(PMDB-AL). Com isso, o salário mínimo passaria dos atuais R$ 350 para R$420 e diminuiria o imposto pago pelo trabalhador.Osenador se comprometeu a defender a melhor proposta para o mínimo, mas evitoufalar em percentuais de aumento. “Acho que o maior salário mínimo é aquele quea economia puder pagar”.O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira daSilva, reconheceu que a proposta de R$ 420 pode ser negociada. “Talvez nãosejam os R$ 367 nem os R$ 375, mas precisamos chegar num meio termo, combinandoisso com uma política de recuperação do salário mínimo e a correção da tabelado IR”.Paulinho sustentou que a proposta de R$ 367 estáderrotada no governo e é quase exclusiva do ministro da Fazenda e não vai sesustentar. O presidente da CUT, Artur Henrique. “As centraisquerem uma política de valorização permanente do salário mínimo com crescimentoda economia”. Ele disse que a manifestação ocorrida de manhã em Brasília. “Foi umagrande demonstração de unidade e maturidade da classe trabalhadora”.Cerca de mil trabalhadores de diversas categorias, entre agricultores,metalúrgicos e bancários, além de aposentados, saíram em marcha do Estádio ManéGarrincha rumo à Esplanada dos Ministérios e à Praça dos Três Poderes. A 3ª Marcha Nacional pela Valorização do Salário Mínimo teve participação da Força Sindical, CUT, CGT, Social Democracia Sindical,Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Autônoma dosTrabalhadores e Nova Central Sindical.