CUT insiste em mínimo de R$ 420 e reajuste da tabela do IR em 7,7%

04/12/2006 - 21h25

Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, voltou a defender hoje (4) o reajuste de 20% para o salário mínimo - que, com isso, seria elevado para R$ 420 - e a correção de 7,7% na tabela do Imposto de Renda.Na próxima quarta-feira (6), a entidade participará, junto com outras centrais sindicais, de uma manifestação cuja expectativa é reunir 10 mil pessoas em Brasília.“Queremos abrir um processo de negociação em torno de uma política permanente de valorização do mínimo para os anos seguintes. Quanto ao reajuste da tabela do Imposto de Renda, queremos zerar a inflação nos quatro anos do governo Lula”, explicou o presidente da CUT.Segundo ele, é "inaceitável" que algumas categorias, como as do Judiciário, recebam altos índices de correção, "enquanto 41 milhões de trabalhadores que recebem salário mínimo não atinjam ganhos reais".“O que não dá para aceitar é que setores que ganham salários bastante elevados estejam cobrando aumentos do governo. Nós temos que discutir prioridades, para onde vai o dinheiro do orçamento”, disse Henrique. “Tem uma grande decisão a ser tomada: tirar uma fatia do orçamento e dar aumento para o judiciário ou dar aumento para 41 milhões de trabalhadores".Além de participar da marcha, as centrais sindicais pretendem se reunir com deputados, senadores e ministros para debater os assuntos.