TSE julga amanhã contas de campanha de Lula

04/12/2006 - 17h57

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A prestação de contas de campanhado presidente reeleito Luiz Inácio Lula da Silva será julgada amanhã(5), em sessão plenária, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Também serão apreciadas as contas do comitêfinanceiro nacional para presidente da República do PT. Trata-se do primeiro julgamento de contas referentes à campanhapresidencial nas eleições deste ano. Hoje (4), o ministro relator, GerardoGrossi, recebeu relatório de perícia feito por analistas e técnicos da Secretariade Controle Interno do TSE. A prestação de contas de Lula e docomitê financeiro nacional do PT serão julgadas em primeiro lugar em razão dadata da diplomação, marcada para 14 de dezembro. De acordo com a Resolução22.250/06 do TSE, a decisão do julgamento das contasdo candidato eleito deve ser publicada em sessão até 8 dias antes da diplomação- dia 6 de dezembro.O detalhamento das contas foiapresentado ao TSE no dia 28 de novembro. O presidente reeleito declarou uma arrecadação de R$ 90.738.571,98 egastos no mesmo valor. Já o comitê financeiro nacional declarou receita totalde R$ 76.769.196,25 e despesa de igual valor. Desde então, 23 servidoresavaliaram a legalidade de todas as doações e gastos mencionados na prestaçãode contas de Lula e do comitê financeiro nacional do PT. Os técnicosconferiram, por amostragem, recibos eleitorais, a discriminação das receitasestimadas; doações de empresas com possíveis cadastros divergentes dos dados daReceita Federal, ou de pessoas físicas com CPFs diferentes ou inexistentes;despesas de fornecedores em notas de difícil identificação da razão social edespesas que poderiam não constar da relação apresentada.  Ainda estão sob análise as contasdo candidato do PSDB à Presidência Geraldo Alckmin, também apresentadas em 28 de novembro, e dos outros seiscandidatos ao cargo derrotados no primeiro turno (apresentadas em 31 deoutubro). Se as contas forem rejeitadas, o candidato poderá ser processadopor abuso do poder econômico pelo Ministério Público Eleitoral e, se tiver sidoeleito, terá o diploma cassado.