Ministro diz que ratificação de contratos na Bolívia foi "final feliz"

04/12/2006 - 14h59

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro de Minas e Energia, SilasRondeau, considerou um “final feliz” o governo boliviano ter ratificadoontem (3) os 44 contratos petrolíferos firmados com empresasestrangeiras em 28 de outubro passado. Rondeau fez a declaração hoje(5), no encerramento do seminário Brasil, Liderança em Tecnologia deEnergia, promovido pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro.

Segundo ele, a lei promulgada pelo presidente Evo Morales pôs fim “àúltima fronteira da discussão sobre a validade dos contratos”, que nãoteriam aprovação do Congresso da Bolívia.

“Agora,não. Do jeito que se negociou, a Petrobras acha que são bons contratose que dá, sim, para prosseguir, eventualmente até estudar novosinvestimentos, uma vez que [os contratos] estão garantidos inclusive pelo Congresso”, afirmou.

Parao ministro, a ratificação foi um avanço positivo, que dá segurançajurídica e constitucional para os investimentos naquele país. "Acho quefoi um final feliz. Eu não diria que foi nenhum final de GataBorralheira, mas o final possível, que foi  construído dentro dasdificuldades que os dois [países]  tinham”, acrescentou.

Oministro referiu-se também ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez,afirmando que sua reeleição é um bom sinal para  os planos deinvestimento energético bilateral de longo prazo. Ele ressaltou que aVenezuela é  fonte importante de  energia para a América doSul e que está em discussão a idéia de integração dos países produtoresde gás da América do Sul e os grandes consumidores.

"Então,é importante, sim, a manutenção de uma pessoa que defende a integraçãoenergética, principalmente sendo a Venezuela, em termos potenciais, amaior reserva que se tem de gás”, afirmou o ministro.

Paraele, dentro de uma visão de médio e longo prazos dos paísessul-americanos, a vitória de Chávez torna mais próximo o sonho deuma  integração gasífera na região, cujos maiores mercados sãoBrasil e Argentina. Silas Rondeau informou que, a partir desta semana,técnicos e autoridades dos dois países vão se reunindo, a cada mês,para discutir a questão do gás