Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Fazer uma ponte entre cooperativas, associações e grupos de agricultores familiares e compradores. Esse é o papel das agências regionais de comercialização (Arco), detalhado em projetos apresentados hoje (29) no Salão Nacional dos Territórios Rurais, organizado pela Secretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O objetivo é mostrar experiências bem-sucedidas no meio rural, como a Arco-Sertão, da Bahia e a Arconorte, de Pernambuco, que também atende aos agricultores familiares do Ceará. Segundo a presidente da Arco-Sertão, Elione Alves Souza, a agencia surgiu de uma necessidade de comercialização dos produtos dos empreendimentos de agricultura familiar. Na região, atualmente, há 23 desses empreendimentos, nas áreas de artesanato, caprinos-ovinos, apicultura e corte e costura.“Há muitas cooperativas que não tem acesso ao mercado e a agência funciona como uma representante desses empreendimentos no mercado regional", disse. A Arco-Sertão oferece ainda capacitação aos associados, por meio de palestras e encontros, para que os produtos atendam às exigências do mercado. A assessora técnica da Arconorte, Karlone Cabral Barroca, destacou o cadastramento dos produtores na Central de Comercialização da Agricultura Familiar (Cecaf) em Pernambuco, que existe há um ano. "Os principais produtos vendidos são hortaliças, frutas, verduras, e a central já tem vários clientes, entre feirantes, ambulantes, donos de pequenos supermercados, donas de casa e comerciantes que levam a produção para outros locais", disse.São parceiros desses projetos, entre outros, o Programa Nacional deDesenvolvimento Sustentável de Territórios Rurais (Pronat), daSecretaria de Desenvolvimento Territorial do Ministério doDesenvolvimento Agrário, governos estaduais e municipais, federações de trabalhadores rurais e a Fundação Banco do Brasil.