Gil defende mais incentivos para a economia criativa

26/11/2006 - 17h24

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Cultura, Gilberto Gil, defendeu hoje (26) queos segmentos que compõem a chamada economia criativa, como artesanato earranjos produtivos, têm de ser incentivados e apoiados. Gil disse que essessegmentos “têm hoje uma escala enorme no mundo inteiro, porque envolvempopulações imensas na África, nas Américas, na Ásia, e mesmo na Europa, EstadosUnidos e Canadá”. A economia criativa, segundo o ministro, “precisa ser cadavez mais cuidada e articulada em termos de organização”.Atualmente, de acordo com dados da Conferência das NaçõesUnidas para a Educação, Ciência e Cultura(Unesco), 8% da riqueza gerada em todoo mundo têm origem na economia criativa. Outro estudo das Nações Unidas revelaque a movimentação financeira de produtos e serviços culturais atinge cerca deUS$ 1,3 trilhão em todo o mundo, com expectativa de crescimento médio à taxa de10% ao ano.O ministro apontou que um dos desafios a serem vencidosdaqui para frente consiste em fazer com que a economia criativa saia do domíniodos países desenvolvidos e se estenda também às nações em desenvolvimento, porqueé onde ela está mais presente. “É essa economia que nasce da festa, do turismo,dos conhecimentos tradicionais, enfim, toda essa herança que ainda circula alimesmo no seio das comunidades, sem haver ainda galgado os processos industriais,marcados pela tecnologia e pela produção em escala”.Ele destacou que a linha a ser adotada para incentivo àeconomia criativa prevê a parceria entre os setores público e privado, aíincluídas as organizações não governamentais (ONGs), que estão mais próximosdos nascedouros dessa economia.