Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-militante do PT Valdebran Padilha negou participação direta nanegociação do dossiê que envolveria candidatostucanos com as fraudes da compra superfaturada de ambulâncias. Ele disse que foi procurado pelo empresário Luiz AntonioVedoin, acusado de ser o fornecedor do dossiê, apenas para verificar se odinheiro para pagar os documentos existia,mas ele não tratou de negociação.“Não negociei valores, não negociei informações, não tinhaparticipação em arrecadação nem em transporte de recursos”. Segundo ele, oacompanhamento que Vedoin lhe pediu para fazer era para certificar-se da existênciado dinheiro. “A questão era sempre uma, havia desconfiança de ambas aspartes. Se um tinha a informação e se o outro ia pagar. Depois, viu-se que nãohavia nem tanta informação, nem tanto dinheiro quanto se prometeu (foramprometidos R$ 2 milhões, mas só havia R$ 1,780 milhão para pagar os documento)”.Padilha também negou a informação do assessora da campanhado presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de Jorge Lorenzetti, que em depouimentoà Polícia Federal disse ter sido procurado pelo ex-militante para falar sobre odossiê. “Nunca liguei para o comitê do PT, nem conheci Jorge Lorenzetti.Conversei uma vez com ele pelo telefone do Gedimar (Passos). Sou um simplesfiliado do partido no estado do Mato Grosso”.O Partido dos Trabalhadores do Mato Grosso expulsou ValdebranPadilha, mas ele afirmou que vai recorrer da decisão. “Foi uma decisão semdefesa”.