Paraná deve ser declarado área livre de aftosa dentro de dez dias, anuncia ministro

09/10/2006 - 15h37

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - O Ministério da Agricultura deve declarar o Paraná área livre de febre aftosa num prazo máximo de dez dias. Segundo informouo ministro Luís Carlos Guedes Pinto, para formalizar a decisão os técnicos precisamconcluir a análise de toda a documentação sobre a última área ainda interditadano estado, na região de Loanda. O ministro disse que a partir do anúncio aspropriedades localizadas nessa área voltarão às  atividades de cria e recria, comercialização e abate dos rebanhos,bem como a transferência deles para qualquer parte do país. Quanto àsexportações, disse que “os países importadores é que vão decidir se compram ounão a carne paranaense”.O Ministério da Agricultura já havia descartado a possibilidadede circulação viral da febre aftosa nas regiões de Bela Vista do Paraíso,Grandes Rios, São Sebastião da Amoreira e Maringá, municípios do Paraná quetiveram animais sacrificados em função da suspeita doença. Os últimos abates noestado foram realizados no final do mês de março. O ministro Guedes Pinto considerou o prazo de março atéoutubro razoável para que fossem realizadas, com segurança, todas as análiseslaboratoriais. “No  momento em que anunciarmos ao mundo nossadecisão, ela  terá que ser bem recebida e acatada por todos os países,pois tem credibilidade”. Ele lembrou que as organizações internacionais e ospaíses exportadores são extremamente rigorosos quanto a questão da defesasanitária, particularmente no que diz respeito à febre aftosa. O secretário da Agricultura do estado, Newton Ribas,detalhou hoje (9) ao ministro todo o trabalho feito na região de Loanda, onde continuainterditada uma área de 10 quilômetros em torno das duas últimas fazendasliberadas. “Mais de 20 mil animais foram analisados através de sorologia e foirealizada inspeção clínica em 12 mil animais de 258 propriedades da região”,informou o secretário.  A partir da divulgação pela Secretaria Nacional de DefesaAgropecuária, toda documentação será encaminhada à Organização Mundial de SaúdeAnimal, que se reunirá para analisar e emitir o certificado internacionalque garantirá ao Paraná voltar ao status de área livre de febre aftosa.