Projeto do Instituto Brasil Social forma jovens empreendedores no Rio

16/09/2006 - 14h02

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro (Brasil) - A jovem Elydiana Alves dos Santos, de 17 anos, moradora dacomunidade Fontela, em Jacarepaguá, é um dos 400 adolescentes que estãosendo beneficiados pelo projeto social Empreendedores de Futuro, realizado pelo Instituto Brasil Social (IBS).Trata-se de uma Organização Civil de InteressePúblico(Ocip), cujo projeto de apoio a jovens e adolescentes na faixa etáriaentre 16 a 24 anos conta com parceria do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas(Sebrae) e patrocínio da Petrobrás. Os jovens beneficiadospertencem a famílias de baixa renda residentes em cinco comunidades carentessituadas na Zona Oeste da capital fluminense.A coordenadora do projeto, Margareth Barros, conta que o projeto está dividido em quatro módulos decapacitação: cidadania, oficinas profissionalizantes (velas e sabonetesartesanais, pintura em tecido, artesanato, topiaria, arte em biscuit  ebijuteria), postura e comportamento profissional e empreendedorismo.A primeira fase do projeto será encerrada em dezembropróximo, envolvendo 200 participantes. A renovação acontece em janeiro de 2007,com mais 200 alunos, sempre com apoio da Petrobrás. A idéia é estender oprojeto a outras regiões carentes do Rio de Janeiro. Os investimentos no projetoEmpreendedores de Futuro atingem  cerca de R$ 600 mil para a capacitaçãodos jovens.Margareth Barros ressalta que os jovens e adolescentes queparticipam do projeto podem levar o conhecimento adquirido para as famílias.“Ele pode ser  um multiplicador do que aprende em sala-de-aula. Ao finaldo curso, ele recebe uma aula de empreendedorismo para ele começar a ter a visão empreendedora, para que ele possa estar faturando, gerando rendafamiliar com o seu trabalho”, explicou Barros.A jovem Elydiana Alves dos Santos é uma das alunas do cursode bijuteria. Ela diz ter tomado conhecimento do projeto através deamigas  que moram na comunidade. “A notícia foi se  espalhando, eu meinteressei e vim saber como era”, alembra. Elydiana já começou a comprar peçasde bijuteria. “Eu espero fazer e ter sucesso e, como a minha professora,revender bijuterias,  além de passar para amigos. Eu já estou ensinando aminha irmã a fazer também.”A adolescente  está confiante em que o conhecimento quereceber nas oficinas servirá para complementar a renda familiar. A expectativade Elydiana Alves dos Santos é futuramente poder continuar participando doprojeto, mas não mais na qualidade de aluna e, sim, na de instrutora. “O ensinoaqui é muito bom. A professora explica bem e dá para passar com muitatranqüilidade para outras pessoas."Margareth Barros diz que a expectativa é que ao término doprojeto, em junho de 2007,  pelo menos 80% dos jovens sejam inseridos oure-inseridos no mercado de trabalho, com melhoria da qualidade de vida daspessoas. “Na verdade, quando esse projeto beneficia uma pessoa, ele interfereautomaticamente na renda familiar. A gente acredita que esteja beneficiandoaproximadamente duas mil pessoas.”