Entidades do Sistema S discutem apoio à cultura

16/09/2006 - 19h26

Lourenço Melo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O trabalho de apoio artístico e cultural dos órgãos de assistência social do comércio e da indústria, integrantes do Sistema S, foi um dos temas de hoje (16) no 1º Encontro Sul-Americano das Culturas Populares, durante o 2º Seminário Nacional de Políticas Públicas para a Cultura Popular. O encontro termina amanhã (17), no Espaço Funarte. Segundo a representante do Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresa, além do trabalho de assistência social, o Sebrae se preocupa em estimular as artes e a cultura. A razão disso, explicou, é que “o meio cultural e artístico é o segmento que mais emprega no mundo inteiro, com crescimento de 6,3% ao ano”.Valéria Barros informou que o apoio cultural do Sebrae tem como foco as áreas de música, audiovisual, circos, teatro, festas populares, artesanato e design. Ela destacou “a importância do valor agregado que o traço cultural promove nos negócios”. O Sebrae apóia iniciativas com foco nas comunidades, contando com o apoio de organizações não-governamentais (ONGs) e dos ministérios da Cultura e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Wagner Campos, representante do Serviço Social do Comércio (Sesc), destacou que o comércio e a indústria contribuem para o Sistema S com 1,5% sobre o que pagam para cada empregado. Os recursos são utilizados para manter esses órgãos nos trabalhos de apoio social. Ele reclamou que ”há muita centralização cultural nos veículos de comunicação no país" e disse que "só quando houver descentralização haverá um maior respeito à cultura popular”.A representante do Serviço Social da Indústria, Cláudia Martins Ramalho, informou que 3.800 profissionais  trabalham na elaboração de projetos no Sesi, que conta com apoio de universidades e entidades. Segundo ela, trata-se de uma parceria "voltada para a construção de uma cultura versada, não na transversalidade, mas no processo de inserção cultural do povo”. De acordo com Cláudia Ramalho, a preocupação do Sesi é com a implantação de projetos que tenham guarida nas comunidades tendo em vista a diversidade cultural do país.O representante do Sest-Senat (Serviço Social dos Transportes e Serviço Nacional de Aprendizagem no Transporte), Solimar Cunha, informou que as duas entidades estão há 13 anos trabalhando com 120 unidades no interior, na periferia das cidades grandes e à margem de estradas, promovendo a cultura popular. Ele disse que as duas entidades procuram criar uma política nacional de assistência na área da cultura popular, respeitando as características de cada localidade.