Cecília Jorge
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A secretária de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), Rosani Cunha, afirma que a pesquisa divulgada hoje (6) sobre a segurança alimentar das famílias atendidas pelo Bolsa Família indica que o modelo adotado para o programa tem sido eficiente. "O programa tem como objetivo aliviar a pobreza de maneira imediata e por isso ele transfere renda diretamente para a família, privilegiando a mulher. E a família utiliza esse recurso para comprar alimento", afirmou.

O estudo apontou melhoria na qualidade da alimentação em 85,6% das famílias atendidas pelo programa. A quantidade de alimentos também aumentou na avaliação de 59,2% dos entrevistados. Os dados indicam também aumento do consumo de frutas e biscoitos nas casas com crianças menores de 7 anos, bem como de consumo de leite no geral, mas de forma mais acentuada entre famílias com crianças.

Cunha ressaltou que o programa tem um público alvo bem focado: as famílias que vivem na pobreza (renda de R$ 60 a R$ 120 por pessoa) e na extrema pobreza (até R$ 60 por pessoa). "O programa também tem o objetivo de reduzir pobreza para a geração seguinte e, por isso, ele acompanha a contrapartida da família, por exemplo, a freqüência escolar". Segundo a secretária, são mais de 10 milhões de crianças e jovens de famílias beneficiadas pelo programa freqüentando a escola.

Atualmente, o Bolsa Família atende 9,2 milhões de famílias, de acordo com o ministério. Até o final do ano, a meta é atender a toda a população pobre do país, avaliada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2004 em 11,1 milhões de famílias.

Foram ouvidas 3 mil famílias beneficiadas pelo programa há pelo menos um ano, nos 26 estados e no Distrito Federal. O levantamento foi realizado de 1º a 18 de março pelo Núcleo de Pesquisas e Informações da Universidade Federal Fluminense (DataUFF), com assessoria de especialistas em nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA).