Cultura Viva premia manifestações populares de vários estados

06/06/2006 - 19h28

Rio, 6/6/2006 (Agência Brasil - ABr) - A cultura africana do Jongo de Angra dos Reis (RJ), o museu da aldeia indígena de Bororo (MT) e um programa da Secretaria de Cultura do Ceará foram os vencedores do Prêmio Cultura Viva, entregue hoje (6), no Rio. A iniciativa é do Ministério da Cultura e visa a homenagear as iniciativas de promoção da cultura popular.

O prêmio foi entregue no Circo Voador, na Lapa, centro do Rio, em cerimônia que teve a participação do ministro da Cultura, Gilberto Gil. Foram contempladas três iniciativas de cada uma das categorias: manifestação tradicional, tecnologia sociocultural e gestão pública. As nove iniciativas premiadas receberam valores entre R$ 10 mil e R$ 80 mil.

O ministro Gilberto Gil lembrou que o Prêmio Cultura Viva foi lançado no ano passado, em um centro cultural da favela da Mangueira, na zona norte do Rio. "Nosso objetivo é dar voz às diversas manifestações culturais do país. É mostrar a cultura do povo no seu dia-a-dia", afirmou.

O coordenador do grupo Caminhos pelo Jongo, Délcio José Bernardo, disse que a premiação vai ser um estímulo à divulgação da cultura negra. "Estamos tentando discutir uma coisa que o Brasil tem dificuldade, que é a sua própria identidade. Estamos tentando fortalecer a cultura negra, principalmente dentro de um espaço rural", afirmou Délcio Bernardo. Jongo é uma dança de roda de origem africana.

O Prêmio Cultura Viva, que teve patrocínio da Petrobras, recebeu mais de 1.500 inscrições de todos os estados. Participaram da cerimônia de entrega dos prêmios 30 finalistas de 16 estados.