Furlan diz que governo age para evitar alta taxa de mortalidade das pequenas empresas

27/03/2006 - 21h48

Brasília, 27/3/2006 (Agência Brasil - ABr) - Cerca de 470 mil pequenas empresas são criadas, por ano, no Brasil, "mas infelizmente a mortalidade delas ainda é grande", afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan. Ele acrescentou que "por isso o governo está tomando medidas para evitar o fracasso dos novos empreendimentos".

Na solenidade de abertura da conferência internacional da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), que até quinta-feira (30) discutirá o tema Financiamento para o Empreendedorismo e Crescimento das Pequenas e Médias Empresas, Furlan informou que o Brasil, hoje, é o sétimo país do mundo em empreendedorismo, entre 37 nações emergentes pesquisadas no mercado internacional. E previu para até o final deste semestre a aprovação, no Congresso Nacional, da Lei Geral da Pequena e Média Empresa.

Entre os planos do governo para estimular os pequenos empresários, segundo o ministro, está a fixação de um prazo de 15 dias para abertura ou fechamento de empresas. No caso da abertura, se os trâmites burocráticos não forem cumpridos, o empresário deverá ser autorizado a começar a funcionar e depois regularizar sua situação.

Furlan lembrou que grande parte das empresas que vêm se formando no país atua na área de serviços e que elas "podem ter seu trabalho facilitado com o uso da informática". Ele informou que as instituições financeiras destinam hoje 2% dos recursos disponíveis para aplicação no microcrédito, com taxas reduzidas. E que o sistema de crédito consignado permitiu que muitos dos que fizeram os empréstimos se tornassem pequenos empreendedores.